Reconheça uma Distimia e o que fazer!
Distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante tendo como principal sintoma a irritabilidade, além de mau humor, baixa autoestima, desânimo, tristeza e predominância de pensamentos negativos. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maioria das vezes atribuem estes sintomas como fazendo parte da sua personalidade e do seu temperamento complicado.
Como disse anteriormente, o principal sintoma da distimia é a irritabilidade, mas gostaria de destacar mais uma vez estes abaixo:
- Mau humor;
- Baixa autoestima;
- Desânimo e tristeza;
- Predominância de pensamentos negativos;
- Alterações do apetite e do sono;
- Falta de energia para agir;
- Isolamento social;
- Tendência ao uso de bebidas alcoólicas, drogas lícitas, ilícitas e de tranquilizantes.
Observar estes sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos em certas pessoas se torna importante para que se possa prevenir que o quadro se agrave ainda mais e se chegar a uma depressão grave, embora, normalmente os portadores de distimia possam desenvolver alguns episódios de depressão grave durante sua vida.
Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.
Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que, por volta de 15% a 20% dos pacientes com distimia poderão tentar um suicídio.
A associação de medicamentos antidepressivos com uma psicoterapia tem apresentado bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente não darão bons resultados. Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e retornar as relações interpessoais.
A psicoterapia sem apoio farmacológico produz poucos resultados, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.
- Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar ajuda profissional;
- Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal;
- Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranquilizantes. Em 15% a 20% dos casos, poderão até chegar ao suicídio;
- Não se engane: não atribua ao envelhecimento, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;
- Faça um tratamento farmacológico e psicoterápico ao mesmo tempo porque os medicamentos ajudam a corrigir o problema físico e a psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento.